mudança climatica
O trabalho dos pesquisadores combinou diferentes dados. Eles usaram seis modelos que sugerem a distribuição dos animais na região da Mata Atlântica, quatro previsões de variação do clima – que tomam por base diferentes cálculos de emissão de gases do efeito estufa e outras variáveis –, além de dez outros conjuntos parciais de dados. Foram feitas 60 projeções para cada espécie a partir das condições climáticas atuais. Somando todas essas informações, os cientistas previram um salto de 50 anos na linha do tempo para criar o panorama das reservas no futuro.
Áreas mais vulneráveis
Embora os estudos mais detalhados tenham considerado a situação da Mata Atlântica, outros biomas brasileiros também foram observados. O material publicado aponta a porção sul da Mata Atlântica, o norte do cerrado e da caatinga e o nordeste da floresta Amazônica como regiões onde o risco para as espécies é maior.
Um dos autores do trabalho, Rafael Loyola, do departamento de Ecologia da UFG, explica que isso ocorre por conta da adaptação dos animais aos locais onde vivem. Temperatura ideal e umidade são duas entre muitas dessas características que fazem com que uma determinada espécie escolha o local para viver. A própria fisiologia do animal responde às características de uma faixa territorial determinada. "Um animal