Mu Ulmana Multada Por Uso Do V U Na Fran A Diz Sofrer Insultos Di Rios

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Atividades Complementares II
Muçulmana multada por uso do véu na França diz sofrer insultos diários
Daniela Fernandes
De Paris para a BBC Brasil
Atualizado em 26 de setembro, 2011 - 06:08 (Brasília) 09:08 GMT

A francesa muçulmana Hind Ahmas, que foi a primeira pessoa a ser condenada pela Justiça francesa por usar o niqab, um véu que deixa apenas os olhos à mostra, diz “ser insultada todos os dias” ao caminhar pelas ruas com o rosto coberto.
O uso da vestimenta em locais públicos foi proibido por lei na França desde abril passado.
“São insultos pessoais ou contra os muçulmanos. Normalmente, as pessoas gritam grosserias pelas janelas dos carros ou esperam que eu me distancie delas nas calçadas para me ofender”, contou Ahmas em entrevista à BBC Brasil.
“Sou chamada de lixo, de terrorista, extremista ou me dizem para eu voltar para o Afeganistão”, diz ela. Hind afirma que não sofre pressões por parte de membros da família ou homens muçulmanos para cobrir o rosto.
“Vivo como qualquer mulher, a única diferença é a minha escolha de vestimenta”, afirma Ahmas, que é divorciada e mãe de uma garota de quatro anos.
A França é o primeiro país europeu a aplicar a proibição do uso do véu que cobre parcialmente ou totalmente o rosto em qualquer espaço público, como transportes, lojas, parques, escolas e repartições.
Multa
Na semana passada, a Justiça condenou Ahmas, 32 anos, e Najate Naït Ali, 36 anos, a multas de 120 e 80 euros, respectivamente (cerca de R$ 300 e R$ 200). A multa máxima prevista na lei é de 150 euros.
Segundo Ahmas, a lei francesa “viola o direito europeu, que garante a liberdade de convicções religiosas”.
Por esse motivo, ela continua usando normalmente o niqab - que deixa apenas os olhos à mostra.
“Retirar o niqab significaria renegar minha fé”. Faz quase sete anos que uso o véu integral, muito antes das discussões sobre a lei. Não cubro o rosto por provocação ou porque o assunto está na moda”, diz ela, que mora em Aulnay-sous-Bois, uma periferia pobre de

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