MST PROPOSTA POPULAR
Em 1997 da necessidade de organizar a reforma urbana e garantir moradia e a todos os cidadãos neste ano, o MST fez uma avaliação interna em que reconheceu que seria necessária uma atuação na cidade além de sua atuação no campo então se deu a criação do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST). Primeiramente, cabe salientar que o MTST, embora seja identificado como movimento por moradia, é um movimento social por transformações sociais profundas, que vão além das questões urbanas, como veremos adiante.
O embrião de sua construção ocorre no interior do MST, particularmente, durante a Marcha Popular Nacional de 1997, que passou por várias cidades, e cujo intuito era relacionar os problemas sociais vividos no campo e na cidade. No município de Campinas, no estado de São Paulo, militantes do MST, estreitaram os laços com militantes da cidade (vindos de movimentos urbanos). Esta aproximação gerou um grupo de militantes que passaram a investigar os problemas sociais urbanos, como um foco de ação, diferente do campo, com outras motivações, organização e estratégias. Com a participação de alguns militantes do MST, ocorre uma ocupação de terreno em Campinas, conhecido como Parque Ociel (Benoit, 2002), onde todo o espectro da esquerda, um rearranjo de coligações e reorganização dos movimentos. Há a primeira experiência de ocupação na cidade, com organização própria gestada pelo movimento urbano.
ORGANIZAÇÃO
O MTST está organizado nos municípios do Rio de Janeiro, Campinas e São Paulo. No final da década de 1990, iniciam sua trajetória de luta contra a especulação imobiliária e o estado que a protege. Todos sabem que as grandes cidades brasileiras, cada vez mais ricas, escondem nas periferias a enorme pobreza daqueles que as constroem.
Os anos seguintes foram importantes para o amadurecimento das formas de luta urbanas e para a configuração de um movimento com características próprias, bastante diversas das estratégias já consolidadas