MPB E A POLITICA BRASILEIRA
A música popular brasileira surgiu em um momento de declínio da Bossa Nova, gênero considerado renovador da música brasileira nos anos 50. Nos anos 60, a bossa nova passou por transformações e, a partir de uma nova geração de compositores, o movimento chega ao fim. Na metade dessa década a MPB surge como um acrônimo às músicas não elétricas que surgiram após o fim da Bossa Nova.
Os artistas e o público da MPB foram ligados em sua maioria aos estudantes e intelectuais, fazendo com que mais tarde ela fosse conhecida como a “música da universidade”.
O início da MPB é associado à interpretação da música “Arrastão”, de Vinícius de Moraes e Edu Lobo, por Elis Regina. Elis apresentou essa música no Festival de Musica Popular Brasileira, tornando-a um sucesso. Até hoje, “Arrastão” é considerado o single mais vendido da história da música brasileira, levando Elis Regina ao estrelato.
A partir desse momento, surgiram artistas novatos, oriundos da bossa nova, como Geraldo Vandré, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Edu Lobo e Chico Buarque, os quais apareciam frequentemente em festivais de música brasileira. Vencedoras do II Festival de Música Popular Brasileira, em 1966, “Disparada”, de Geraldo Vandré, e A Banda, de Chico Buarque, são consideradas marco da transição da Bossa Nova para a MPB.
Um elemento da Bossa Nova que foi adotado também pelos artistas da MPB é a crítica da injustiça social e da repressão do governo, muitas vezes baseada na situação política da época, já que o Brasil vinha sofrendo com a ditadura militar.
MPB E A DITADURA
Durante a ditadura militar, a música popular brasileira se tornou uma forma de resistência à realidade enfrentada na época, principalmente após o decreto do AI-5, que suspendia direitos fundamentais do cidadão, ente eles as manifestações políticas. Quando a MPB começa a alcançar as grandes massas, os militares se veem ameaçados, e logo usa a censura como forma de defesa.
Para censurar a produção cultural, criou-se a Divisão