Mozart - sociologia do género
Mozart era uma pessoa que necessitava de amor, tanto fisíco como emocional. Já no final de sua vida, a sua imaginação musical foi diminuindo devido à falta de amor, nomeadamente, ao amor de uma mulher em quem pudesse confiar e também ao amor do público vienense pela sua música. Mozart queria ter tido fama em vida, pois a sua fama posterior para ele não significava muito.
No que toca à sua existência social, Mozart pertencia à burguesia outsider, a serviço da corte. No seu tempo, a economia era dominada pela aristocracia de corte. Contudo, Mozart lutou com grande coragem para se libertar dos aristocratas, isto é, seus patronos e senhores, com intuito de obter dignidade pessoal, mas não conseguiu. Na época de Mozart, um músico que quisesse ser reconhecido socialmente como artista, teria que conseguir um lugar na corte ou nas suas ramificações. Portanto, Mozart como todos os músicos de sua época dependia da aristocracia da corte.
Posteriormente, Mozart decide deixar o emprego que tinha em Salzburgo, e tinha em mente ganhar a vida como artista autónomo, vendendo a sua música e suas obras no mercado livre. No entanto, nesta época o mercado na esfera da música estava atrasado, pelo que, ainda não oferecia lugar para músicos como o Mozart. Segundo Norbert Elias, Mozart estava a correr um risco quando deixou o seu patrono, na medida em que os concertos realizados na altura eram financiados pelos aristocratas. Mozart representava um artista livre, que confiava na sua inspiração individual, mas nesta época a execução e a composição da música mais valorizada pela sociedade era posta nas mãos de músicos com postos nas cortes. No início, Mozart queria ganhar a vida dando aulas de música e concertos, o que por alguns anos se concretizou. Mas mesmo como artista autónomo, este ainda dependia de um limitado círculo local de clientes.
Ao contrário de seu pai, Mozart nunca aceitou a posição de inferioridade, pois nunca se conformou com