Movimentos Sociais

1. INTRODUÇÃO
Entende-se por movimento social a reunião de um grupo de pessoas para a conquista de algum direito do qual são privados. Muitas vezes, pessoas que não tem acesso à moradia, educação, emprego e constroem um pensamento de que a culpa é única e exclusivamente deles. O movimento social mostra que isso são direitos de todos e não privilégio de alguns, tirando assim as pessoas de seu isolamento e lhes proporcionando a identidade e dignidade que merecem.
Além disso, os movimentos sociais tentam conscientizar a população da importância de suas lutas, trazendo em seus discursos a valorização de princípios como livre organização, direito à diversidade e respeito à individualidade, respeito à identidade local e regional, e noção de liberdade individual associada à de liberdade coletiva.
Nessa direção, Touraine, numa observação histórica sobre as tendências predominantes de movimentos na América Latina, chega a conclusão que “existe uma interdependência entre o social, o político e o estatal, que significa, que ao mesmo tempo uma autonomia relativa de cada setor de ação coletiva e a impossibilidade de definir um desses setores independentemente de suas relações com os demais” (1987, p. 231).
Escolhemos como objeto de estudo e pesquisa o Movimento dos Sem Terra (MST) que é um movimento político-social brasileiro que busca a reforma agrária. Observando a história do Movimento dos Sem Terra, nos deparamos com certas lições de pedagógicas, onde sujeitos de uma luta social e de uma coletividade em movimento se ocupam e se preocupam com educação. Estas lições nos auxiliam na reflexão sobre cada uma das nossas praticas de educação, incluindo aquelas que desenvolvemos nas escolas. Refletindo sobre essas lições, começamos a compreender que o MST tem uma pedagogia, uma práxis de como se educam as pessoas, de como se faz uma formação humana. A pedagogia do Movimento sem Terra é o jeito através do qual o movimento vem historicamente, formando o sujeito social de nome