O termo movimentos sociais refere-se as grandes formas de organização e articulação baseadas em um conjunto de interesses e valores comuns, com o objetivo de definir e orientar as formas de atuação social. Tais formas de ação coletiva têm como objetivo, a partir de processos frequentemente não institucionais de pressão, mudar a ordem social existente, e influenciar os resultados de processos sociais e políticos que envolvem valores ou comportamentos sociais ou, em última instância, decisões institucionais de governos e organismos referentes à definição de políticas públicas. O processo pelo qual os indivíduos passam, como agente de transformação social, de uma situação passiva para uma situação ativa e reivindicatória é decorrente do contexto socioeconômico e histórico de cada sociedade. Já dizia o grande pensador e historiador Karl Marx “A História não faz nada, não possui uma enorme riqueza, ela não participa de nenhuma luta. Quem faz tudo isso, quem participa das lutas, é o homem, o homem real; não é a história que utiliza o homem como meio para realizar os seus fins como se tratasse de uma pessoa individual, pois a História não é senão a atividade do homem que persegue seus objetivos.” (MARX, Karl e ENGELS, México, Grijalbo, 1967, p. 1590.) Para se compreender a construção histórica dos movimentos sociais é preciso valorizar as experiências efetivas de reivindicações e conscientização dos indivíduos, por meio das organizações representativas como sindicatos e partidos políticos. Pode-se salientar que foi quase uma revolução, se é que não foi, quando diversas pessoas chocaram-se ao ver mais de 1 milhão e meio de pessoas em 19 capitais e mais de 100 cidades brasileiras saíssem às ruas protestando. E inúmeras perguntas e duvidas surgiram em cada canto do Brasil: Quais são as naturezas e os sentidos das manifestações que tomaram o país, configurando o maior movimento social da história do Brasil? Para qual direção apontam? Será que agora