movimentos sociais
Segundo GOHN (2010) os movimentos sociais e as organizações cívicas de ativistas mobilizados em função de projetos sociais, são duas formas de protagonismo civil que atuam segundo pólos diferenciados da ação sócia – uma trabalha o campo do conflito e a outra o campo da cooperação e integração social. Há tensões permanentes nas duas frentes. A solidariedade existe nas duas, de formas diferentes:
Nos movimentos é orgânica – criada por meio da experiência compartilhada de pertencer e vivenciar alguma situação de exclusão. Nas organizações cívicas ela é estratégica/instrumental, criada para atingir metas que resolvam problemas sociais de grupos também excluídos economicamente ou culturalmente, a partir de interesses destes grupos, mas que foram desenhados por projetos/programas de agentes externos. (GOHN, 2010, p. 28)
GOHN (2010) afirma que “os movimentos sociais sempre têm um caráter educativo e de aprendizagem para seus protagonistas”. Eles realizam parcerias com outras entidades da sociedade civil e política, têm grande poder de controle social e constroem modelos de inovações sociais, podendo portanto virem a ser matriz geradora de saberes.
Ao longo de sua história, as ONGs desenvolveram o papel de “assessoria” aos movimentos sociais, ou seja, comprometem-se com as causas dos movimentos, desenvolvem trabalhos com eles - prestam assessoria, mas não