Movimentos sociais

Um protesto que começou pacífico na Candelária, no centro do Rio, acabou em confronto e confusão generalizada ao chegar á central do Brasil, no dia 06. A dois dias de entrar em vigor a nova tarifa dos ônibus municipais no Rio, de 3 reais, centenas de pessoas se reuniram para um ato de protesto contra o aumento das tarifas.
Policiais e manifestantes entraram em confronto, e muitas bombas de gás e lacrimogêneo e pedras foram lançadas, em clima de muita tensão.
Estações fechadas: dezenas de jovens mascarados e trajando roupas pretas lideravam a caminhada. Os cartazes erguidos pelos manifestantes.
Tarifa zero: mais do que protestar contra o aumento do valor das passagens, os manifestantes dizem lutar pela tarifa zero no transporte público da cidade. Eles denunciam precárias condições de ônibus, metro, trens e barcas. Além disso, reclamam da falta de investimento do poder público em obras de mobilidade, o que torna lento o deslocamento de casa para o trabalho.
Os atos contra reajuste das tarifas do transporte público nas capitais começou em São Paulo. A situação influenciou manifestações no Rio e em outras capitais do país, que também acabaram recuando no reajuste da passagem.
O desejo de mudança está na alma do ser humano. A frase é do diretor-geral do instituto Verus Acessora. É fato que mesmo na Idade Média, os camponeses tinham anseio de mudar o caminho percorrido. Porém, não tinham os mecanismos necessários para empreender um novo caminho. Pelo menos ate a Revolução Francesa.
O mês de junho, foi o palco para um episódio interessante da breve historia brasileira. A ‘’revolta dos centavos’’ garantiu um susto e tanto na classe política do país. Como pontuou o sociólogo Chico de Oliveira em recente entrevista a folha de São Paulo, embora não seja benéfico fazer uma cobrança positivista acerca dos resultados de algo, as manifestações populares de junho não só baixaram a tarifa de ônibus, como mostraram que a sociedade ainda é capaz de se revoltar.
Foi algo