Movimentos Sociais

O MAIO FRANCÊS DE 1968: rebeldia e contestação

O ano de 1968 é marcado por conflitos políticos em diversos países. Evidenciam-se grandes mobilizações dos movimentos sociais e estudantis na América Latina, nos Estados Unidos e na Europa.
Na França houve uma aliança entre o movimento estudantil e trabalhadores que acarretou em uma greve geral que paralisou o país. O Maio Francês 1968 foi “interpretado” por diferentes leituras em relação às rebeldias e contestações dos levantes estudantis. Para alguns autores representou uma crítica ao padrão produtivista da ciência, outros destacavam sua dimensão cultural, houve destaque também para o caráter histórico.
A critica ao padrão produtivista da ciência, diz respeito ao papel que a universidade passou a ter no contexto da divisão social e técnica do trabalho. Segundo Mandel (1982), tal processo foi decorrente das transformações nas sociedades do pós guerra ( fordismo – keynesianismo), onde houve o crescimento das economias centrais, a urbanização e a industrialização, com esses fatores teve-se necessidade de uma força de trabalho qualificada, consequentemente maximizou a procura e o acesso da classe trabalhadora e das classes médias ao ensino médio e ao ensino superior. Evidenciando a imposição do capitalismo na fusão da ciência, da tecnologia e da produção, objetivando mão de obra qualificada para o aumento dos lucros pelos monopólios.
A dimensão cultural expressou a emersão de uma cultura individualista e prazerosa, com informalidade dos estilos de vida. Usava-se a vestimenta blues jeans, ouvia-se o rock, fazia uso de gírias, palavrões, drogas e a livre prática de orientação sexual. Essas práticas contribuíram na visão de Hobsbawm (1995) para o descarte das regras e dos valores da geração anterior,, porem não implicou na reivindicação de um novo projeto societário que se contrapunha ao capitalismo. A visão de caráter histórico dos impactos políticos das manifestações representou de acordo com Leflebvre