Movimentos Sociais Urbanos
Os movimentos urbanos só ganharam maior impulso de pesquisa recentemente e são extremamente polêmicos do ponto de vista interpretativo. Neles estão embutidas questões teóricas complexas, entre as quais, o caráter das lutas (de classes) por eles desenvolvidas, suas articulações com partidos políticos ou seus antagonismos em relação ao Estado. Algumas pesquisas questionam seu significado cultural em termos de gerar novas formas de sociabilidade. Ou ainda, questionam seu significado político no processo de transição, iniciado no percorrer da década de 70, para um regime mais aberto e democrático. Finalmente, além da questão da extensão da cidadania, devido às contradições inerentes a um sistema de dominação e de apropriação de riquezas altamente excludente, tem a temática acerca do potencial de radicalidade das lutas urbanas, cujo horizonte não acabaria nos parâmetros de uma sociedade capitalista.
Nas diversas conjunturas históricas tem ocorrido à necessidade da população em geral e da população de baixa renda em particular, de lutar pela sobrevivência e pelas necessidades humanas básicas. Isso tem levado essa população a mobilizações organizadas e às vezes desorganizadas ou a formação de movimentos sociais urbanos de caráter reivindicatórios em diversas sociedades ou setores destas. “Todo Movimento Social carrega o germe da insatisfação, do protesto contra relações sociais que redundam em situações indesejáveis para um grupo ou para a sociedade, sejam elas presentes ou futuras.”. Sendo assim, todo Movimento Social inscreve-se em uma problemática relacional de poder, e, como tal, é preciso compreendê-lo como uma relação de força, de confronto - (REFFESTIN, 1993; CASTRO, 2005).
Segundo a psicóloga social Jaqueline Gomes de Jesus, as mobilizações sociais expressas na forma de marchas, paradas ou ocupações, podem ser entendidas como ritos, formas de comunicação simbólica que se utilizam de