Movimentos Sociais no Campo

Os movimentos sociais no campo não são considerados característicos do nosso tempo atual, mas pertencente à História do Brasil. Estes movimentos ressurgem por conta das crises urbanas, desemprego, miséria e violência, por exemplo, criando diversos movimentos com particularidades próprias, em busca de mudanças na luta pela Reforma Agrária e pela Cidadania. Os movimentos sociais do campo são aqueles que envolvem o campesinato, isto é, os trabalhadores rurais. Apesar de haver as mais variadas siglas, os movimentos sociais do campo constituíram-se, historicamente, a partir de duas principais frentes: as Ligas Camponesas, entre as décadas de 1940 e 1960, e o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), criado na década de 1980.
Liga Camponesa As Ligas Camponesas surgiram após o final da ditadura militar do Governo Vargas e estruturaram-se com bases e orientações do PCB – Partido Comunista Brasileiro. Porém, foi somente durante a década de 1950 que as Ligas conseguiram uma integração que envolveu quase a totalidade do país, através das organizações ou ligas regionais. No entanto, com o golpe militar de 1964, as Ligas Camponesas foram extintas pelo poder da repressão ditatorial. O contexto de surgimento das Ligas Camponesas foi o processo de industrialização incentivado durante o governo JK, pois a intensificação da mecanização da produção agrícola produziu desemprego e redução de salários, aumentando a insatisfação social das populações pobres da zona rural nordestina.

MST- Movimentos dos trabalhadores sem terra. Em 1984, durante o período da redemocratização, os trabalhadores rurais novamente se organizaram e fundaram o MST, durante o primeiro congresso nacional do movimento, realizado na cidade de Cascavel, no Paraná. O Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) é um dos mais importantes movimentos sociais do Brasil, tendo como foco as questões do trabalhador do campo, principalmente no tocante à luta pela reforma agrária brasileira.