movimentos populares brasileiros

Movimentos estudantis de 1968
O quarto ano da Ditadura Militar foi marcado pelo aumento dos protestos populares. Operários e estudantes foram os principais grupos que se chocaram contra o governo. Um dos momentos mais marcantes da história de 68 foi o assassinato do estudante Edson Luis pela polícia enquanto participava de um protesto no Rio de Janeiro. No dia seguinte, seu enterro foi acompanhado por mais de 50 mil pessoas, transformando-se na maior manifestação contra a ditadura militar.
A partir de maio de 68, os estudantes realizaram a ocupação de Universidades. A medicina em Belo Horizonte, a reitoria da USP, o prédio da PUC-SP e a UNB foram tomadas por universitários, ao mesmo tempo em que a reação do governo se dava pelo aumento da repressão. As passeatas se multiplicavam pelo país, sempre seguidas pela força militar.
No dia 26 de junho de 1968 cerca de cem mil pessoas ocuparam as ruas do centro do Rio de Janeiro e realizaram o mais importante protesto contra a ditadura militar até então. A manifestação, iniciada a partir de um ato político da na Cinelândia, pretendia cobrar uma postura do governo frente aos problemas estudantis e, ao mesmo tempo, refletia o descontentamento crescente com o governo. Este movimento manifestava-se não apenas contra a ditadura, mas também contra a política educacional do governo, que revelava uma tendência à privatização. Esta política possuía dois sentidos: o estabelecimento do ensino pago (principalmente o ensino superior) e o direcionamento da formação educacional dos jovens para o atendimento das necessidades econômicas das empresas capitalistas (mão de obra especializada).
Quem participava dos movimentos eram jovens de classe média e de famílias pobres, mas ainda fora do mercado de trabalho. Os estudantes pertencentes às elites ou não participavam ou faziam o “outro lado”, isto é, defendiam a ditadura, ou a moral e os costumes tradicionais, rejeitados naquele momento.
No dia 3 de setembro, o general Costa e Silva, atual