Movimentos de independencia das republicas sovieticas no final da decada de 80
A Estônia comemora sua independência da União Soviética, que a república báltica proclamou durante o golpe de Estado contra o último dirigente soviético, Mikhail Gorbachev. "Neste dia assinalado não podemos esquecer das vítimas do regime comunista, dos tempos da Perestroika em Tbilisi, Baku, Vilnius e Riga", afirmou Jan Ergma, presidente do Seimas (Legislativo) estoniano, segundo a agência Baltic News Service (BNS).
Em um discurso pronunciado no início das celebrações da independência, Ergma lembrou também "daqueles que deram suas vidas durante o ocorrido nas ruas de Moscou", em alusão à resistência popular ao golpe regressista.
Ergma homenageou as vítimas que lutaram pela independência da Estônia, país que atualmente é membro da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e desde 2004, da União Europeia, e agradeceu aos que contribuíram à queda do Estado totalitário soviético.
"Reconhecemos o papel de (presidente russo) Boris Yeltsin na destituição do Império do Mal e lembramos com especial gratidão a Islândia, o primeiro país que reconheceu a independência de nosso Estado", disse.
O presidente da Islândia, Olafur Ragnar Grimsson, chega neste sábado à Tallinn para participar dos atos comemorativos com seu colega estoniano, Toomas Hendrik Ilves. Ao contrário das outras 12 repúblicas soviéticas, cujos territórios ficaram sob a palmatória de Moscou durante a colonização dos séculos 18 e 19, e após a 1ª Guerra Mundial, as bálticas (Estônia, Letônia e Lituânia) perderam sua soberania durante a 2ª Guerra Mundial.
O Exército Vermelho ocupou os países bálticos por quase meio século: primeiro em 1940 e depois, após expulsar os alemães em 1944, com os Governos comunistas títeres, que lançaram uma campanha de russificação do território.
Este país abriu o caminho da independência para as outras repúblicas soviéticas em 16 de novembro de 1988 quando o Soviete