Movimentos Culturais na Ditadura Militar no Brasil
No período correspondente a ditadura militar no Brasil, a população sofreu com as inúmeras ações vindas do governo militar: repressão, perseguição política, censura, falta de democracia, suspensão de direitos constitucionais foram algumas das medidas tomadas pelos militares no período de 1964 a 1985.
Uma das áreas que mais sofreu com as ações dos militares foi a da cultura.
Durante o período ditatorial a imprensa, os compositores e intelectuais brasileiros foram submetidos à Divisão de Censura de Diversões Públicas (DCDP), órgão responsável por aprovar o que seria publicado e veiculado, ou seja, censurado. A determinação da censura era enviada aos meios de comunicação, à indústria cultural; englobava também a editoração de livros e revistas, a produção cinematográfica e teatral, a composição de músicas, que muitas vezes eram censuradas até mesmo, pelo nome escolhido pelo compositor.
Os gêneros como o teatro, o cinema e a música popular estiveram em maior evidência no período de 1964-68, pois serviam como instrumento de contestação ao regime ditatorial. Após a instituição do AI-5, muitos artistas com canções censuradas foram exilados, dentre eles: Caetano Veloso, Chico Buarque, Milton Nascimento,
Geraldo Vandré, Nara Leão, Gilberto Gil etc. A música de Vandré “Para não dizer que não falei das flores” tornou-se o hino das passeatas do movimento estudantil.
No teatro, o AI-5 provocou a redução do número de peças em cartaz e o afastamento do público. No início dos anos 70, foi decretada a censura prévia a livros, jornais, peças teatrais, entre outros; no teatro a censura se dava por meio da supressão de palavras e de cenas, da proibição de encenação de peças e do adiamento indefinido da liberação das mesmas.
O início da década de 70, também foi marcado pela desarticulação política dos movimentos sociais e pelo fortalecimento da indústria cultural. Dessa forma, a ação da censura durante o