Movimento Tropicália
O tropicalismo foi então um movimento cultural que proporcionou novos espaços de produção, novas opiniões sobre a situação histórica do país. Ele nada mais é do que um movimento cultural, onde representou um novo elemento em um espaço de ação que já estava ficando imobilizado. Foi a ruptura definitiva de um grupo de músicos que não quiseram assumir um posicionamento preestabelecido no campo cultural.
Durante 1968, os músicos envolvidos com o movimento planejavam muitas das suas atitudes e muitas delas tinham relação com o radicalismo político de classe média dos grandes centros urbanos brasileiros. O que fez do tropicalismo musical um momento de avanço na produção cultural do país, foi à busca de aliar a ideia sofisticada e empreendedora do novo com o tradicional, e em 1969 o tropicalismo foi o assunto mais debatido na imprensa e nos periódicos em geral.
É importante ressaltar que foi a iniciativa de Caetano Veloso, Gilberto Gil, José Carlos Capinam, Rogério Duprat que deu início a esse processo de renovação cultural que propunha que houvesse uma reflexão onde tropicalismo musical e Tropicália não devam ser sobrepostos nem confundidos, mesmo que seja impossível separá-los.
A Tropicália chega em 1967 como um momento de radicalização cultural que definiu o que viria a ser feito depois pela marginália. Um mês após sair um artigo foi escrito por Nelson Motta, o nome de Hélio Oiticica seria o primeiro nome supostamente ligado ao Movimento, a expor a sua contrariedade e a diferenciação entre Tropicália e tropicalismo, ele falou em um texto intitulado apenas “Tropicália” que suas inquietações e os abusos modistas usavam o nome de sua criação, o que originou o título de uma música de Caetano Veloso. Ele fazia a seguinte citação: “Que agora o que se vê são