Até aqui podemos identificar as correntes do sionismo, mencionadas por Gorny, ele também dá um destaque significativo para alguns elementos do movimento sionista que não se enquadravam em suas correntes gerais, mas de alguma maneira fazem parte desse movimento. O que atraia essas pessoas para o sionismo era a sua dimensão cultural, já que politicamente apoiavam a igualdade dos dois povos (judeus e árabes). O que interessa observar nesses grupos dissidentes segundo o autor, é a critica que os mesmos faziam as correntes centrais do sionismo. Eles negavam que o êxito do movimento (projeto) sionista dependesse do fato de os judeus serem a maioria na Palestina, porem em principio não se opunham que os judeus fossem o maior numero de pessoas na Palestina, o que não aceitavam era o significado que se pretendia com essa maioria judaica, e questionavam que assim os judeus teria uma vantagem em matéria de direitos, o que geraria presumidamente uma dominação e supressão dos povos árabes da Palestina. A ideia geral dos dissidentes do movimento sionista não estava apenas relacionada com a posição do povo árabe dentro da Palestina, alegavam que queria a palestina para por em pratica a fé que se manteve viva em seus corações durante dois mil anos, queriam deixar as suas marcas no modo de vida desse país a partir da crença moral e política do judaísmo. Com essas ideias dos dissidentes o autor nos mostra que havia divergências dentro do movimento sionista. A JUSTIFICAÇÃO DO EMPREENDIMENTO SIONISTA O sionismo pretendia criar um estado judaico onde o povo judeu pudesse considerar plenamente seu. A ideia era manter os direitos de cidadania aos árabes, mais o máximo que os mesmos poderiam alcançar dentro desse estado seria um pequeno cargo, um excedente dentro do corpo político, os árabes seriam apenas uma presença que os judeus teriam que toleram na Palestina. A liderança sionista tinha em mente que isso não seria tão fácil, e sabia que tinham que impor a sua