Movimento Sem Terra
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) surge na década de 80, época em que o Brasil estava vivendo uma conjuntura de duras lutas pela abertura política, para que assim fosse derrubada a ditadura. O 1º Encontro Nacional dos sem terras, aconteceu entre 20 e 22 de Janeiro, não se tendo registro ao certo da data deste encontro, em 1984 em Cascavel, Paraná. A partir desse encontro, os trabalhadores rurais definem os objetivos de luta do movimento, sendo eles: luta pela terra, pela reforma agrária, por uma transformação na estrutura da sociedade priorizando a justiça social. Em 1985 o movimento realizou seu 1º Congresso nacional tendo como tema “Ocupação é a Única Solução”. Neste mesmo ano José Sarney, o então presidente da época, aprova o Plano Nacional de Reforma Agrária (PNRA), que tinha como objetivo fazer a aplicação do Estatuto da Terra, viabilizando a Reforma Agrária, assentando 1,4 milhões de famílias. Devido pressão dos latifundiários o PNRA assentou durante o governo de José Sarney menos de 90 mil famílias sem terra. O movimento teve uma importante conquista quando consegue nos artigos 184 e 186 da Constituição de 1988, determinar a função da terra que, quando ela for violada, a terra seja desapropriada para fins de Reforma Agrária. Nos governos de Fernando Collor de Melo (1989) e Fernando Henrique (1994), o movimento sofre um retrocesso em sua luta, devido à repressão sofrida no governo de Fernando Collor, e a implantação de uma economia neoliberal, que prioriza a agroexportação para atender aos interesses do mercado internacional, no governo de Fernando Henrique. Em 1996, 19 sem terras são mortos e 60 são feridos, após 150 policiais militares, com revólveres, fuzis e metralhadora, cercam e avançam contra cerca de 1500 sem terra, que haviam fechado a rodovia PA 150 em Eldorado do Carajás no Pará. Um ano após o massacre, o movimento organiza a “Marcha Nacional pelo Emprego, Justiça e