Movimento Operario No Brasil Na Decada De 1950e1960
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Movimento Operario No Brasil Na Decada De 1950e1960Ao longo da década de 50, o Brasil vivencia um crescente recrudescimento da luta entre as classes sociais e suas frações internas. Com o fim da Segunda Guerra Mundial (1945) e a consolidação da hegemonia dos EUA sobre o mundo, a burguesia norte-americana consolida novas posições na economia brasileira e desata uma ofensiva para conquistar um controle sobre o Estado que melhor corresponda ao seu poder económico. A classe operária e os camponeses pobres protagonizam uma dinâmica crescente de lutas e criam novas formas de organização. As Forças Armadas são atingidas por este novo momento da luta de classes, provocando divisões em sua cúpula e rebeliões em suas bases.O ascenso operário e camponês na década de 50
Desde 1953, com a chamada “greve dos 300 mil” em SP, tem início um ascenso grevístico que, ao longo da década de 50, vai se espalhar por todo o país, abrangendo um número cada vez maior de categorias. A classe operária cresce numericamente, aumenta sua concentração em determinados centros produtivos. Marcada por fluxos e refluxos conjunturais, desenvolve-se uma curva ascendente de greves que têm como eixos centrais a luta contra o aumento da carestia de vida, que constituía um componente central do modo de acumulação de capital utilizado pela burguesia nestes anos, mas que vão ganhando, com o passar dos anos, crescentes níveis de politização e de radicalização; passando a combinar-se com ondas de saques a depósitos e armazéns em 1959 e chegando atingir, em de 1960, mais de 1 milhão e meio de trabalhadores em suas várias paralisações. Estas greves vão dar lugar a várias coordenadoras intersindicais regionais que unificam os setores mais combativos de diferentes categorias - contrapondo-se à estrutura sindical oficial, na qual era proibida a articulação sindical entre distintos ramos da produção -, como por exemplo o Pacto de Unidade Intersindical (PUI), que surge em 1953 em SP; e o Pacto de Unidade e Ação