Movimento Negro
A revolução da classe operária surgiu cerca de um século antes que o Manifesto Comunista fosse escrito. Várias revoltas individuais ocorreram durante o século XVIII e XIX, não se pode negar que estas revoltas ditas particulares tenham tido, juntas, um grande peso histórico, permitindo um contexto de mudança, que até hoje é sentido.
O sistema social teve diversas mudanças depois das revoltas do proletariado, já que “a transformação radical de uma sociedade- revolução- está sempre ligada à superação de um sistema por outro, havendo um movimento popular ou uma classe social oprimida organizada para ir à frente e derrubar o antigo regime” (TOMAZI, 2010).
É perceptível um relativo atraso da França em relação à Revolução Industrial, o que permitiu com que as leis anti-grevistas só fossem discutidas anos depois de serem em território inglês. Sob esse cenário de repressão e execuções, vários foram os agentes transformadores, que buscaram melhorias salariais bem como melhores condições de trabalho, exemplos destes, que foram peças chaves à revolução, são: Ned Ludd, Lord Byron e Robert Owen, este último tem papel essencial na diminuição da carga horária trabalhista. Owen chegou a propor,em 1838, a greve geral e a luta de classes.
As ideias de melhoria do trabalho e de igualdade salarial, e posteriormente de gênero, são base do pensamento socialista, mesmo que em meados do século XVIII esse conjunto de ideais não fossem assim rotulados. Pode-se afirmar que após o lançamento do Manifesto Comunista houve uma junção dessas reivindicações por liberdade e igualdade, sendo que antes de 1848 (data em que o Manifesto foi redigido), o socialismo era algo considerado inofensivo, o olhar sobre este mudou radicalmente depois que foi exposta uma visão mais abrangente sobre o assunto.
É necessário observar que o movimento operário é um assunto recorrente ainda nos dias atuais, embalado hoje pelos acontecimentos de outrora, que moldam o