movimento fauvista
Outros Nomes
Fovismo
Definição
Ao contrário de outras vanguardas que povoam a cena européia entre fins do século XIX e a 1ª Guerra Mundial, o fauvismo não é uma escola com teorias, manifestos ou programa definido. Para boa parte dos artistas que adere ao novo estilo expressivo - com forte presença na França entre 1905 e 1907 -, o fauvismo representa sobretudo uma fase em suas obras. Falar em vida curta e em organização informal de pintores em torno de questões semelhantes, não significa minimizar as inovações trazidas à luz pelos fauves ('feras'). O grupo, sob a liderança de Henri Matisse (1869-1954), tem como eixo comum a exploração das amplas possibilidades colocadas pela utilização da cor. A liberdade com que usam tons puros, nunca mesclados, manipulando-os arbitrariamente, longe de preocupações com verossimilhança, dá origem a superfícies planas, sem claros-escuros ilusionistas. As pincelas nítidas constroem espaços que são, antes de mais nada, zonas lisas, iluminadas pelos vermelhos, azuis e alaranjados. Como afirma Matisse a respeito de A Dança (1910): "para o céu um belo azul, o mais azul dos azuis, e o mesmo vale para o verde da terra, para o vermelhão vibrante dos corpos".
Os fauvistas fazem sua primeira aparição pública no Salão de Outono, em Paris, 1905. No ano seguinte, no Salão dos Independentes, o crítico Louis Vauxcelles batiza-os de fauves (feras, em francês) em função da utilização de cores fortes e intensas. O grupo reúne diversos pintores: Albert Marquet (1875-1947), reconhecido como desenhista; André Derain (1880-1954), autor com Matisse de paisagens de Collioure, em 1905; Maurice de Vlaminck (1876-1958), responsável por vibrantes paisagens, construídas, de modo geral, com aplicação de tinta diretamente do tubo sobre a tela; Raoul Dufy (1877-1953), que do impressionismo se converte ao fauvismo por influência de Matisse; Georges Rouault (1871-1958), adepto do novo estilo, embora não faça uso das cores brilhantes em