Movimento Estudantil

O MOVIMENTO ESTUDANTIL
Às vezes louvado, outras, criticado, e quase sempre mal entendido, o Movimento Estudantil é um dos vários movimentos sociais que não se contenta com a realidade política, social e acadêmica do nosso país. Assim como o MUDA, o Movimento Estudantil surgiu com a perpectiva de discutir e corrigir os vários erros e problemas em que a educação então se encontrava. Com a atuação no meio acadêmico e a formação da consciência crítica do estudante, o Movimento ampliou seus horizontes de atuação, passando a agir também em prol da sociedade. Por meio de sua influência no meio político, o Movimento em contrapartida ao sistema da sociedade da época, colocou-se em confronto contra o conservadorismo político-social daquele tempo, assumindo o pensamento da esquerda intelectual, como um meio de compreender os problemas sociais e por meio disso passar a enfrentá-los a partir da dialética prática.

Seguindo a tradição de organização popular em sociedades civis, foi criada em 1937 a UNE, a União Nacional dos Estudantes, que tinha como pressuposto de existência os anseios de estudantes cansados com a inércia majoritária do país. Na década de 60, tal entidade lutou de maneira enfática contra a ditadura, junto à outros movimentos sociais que prezavam de fato pela democracia. Os estudantes acreditavam piamente nos ideais que moviam a UNE de modo que muitos morreram frente ao necessário embate contra as forças militares que viam no regime um sistema necessário para a perpertuação do sistema social mantido pelas elites tradicionais do país. A luta continou e o regime se desgastou ao longo do tempo, tornando aquelas pessoas que morreram durante a ditadura, símbolos de persistência e crença nos seus ideais, como o estudante pernambucano Fernando Santa Cruz, que dá nome ao Diretório Acadêmico do curso de Direito da UNICAP.

Com a emancipação dos movimentos sociais e populares, aconteceu uma partidarização dos movimentos sociais como um meio de fortalecê-los dentro