Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra
É um dos mais importantes movimentos sociais do Brasil, tendo como foco as questões do trabalhador do campo, principalmente no tocante à luta pela reforma agrária brasileira. Já se faz presente em 24 estados da federação. Conforme o INCRA, no total, o Brasil conta com 85,8 milhões de hectares incorporados à reforma agrária e um total de 8.763 assentamentos atendidos, onde vivem 924.263 famílias, porém se levarmos em consideração as afirmações do próprio MST e de especialistas no assunto, até 2010 havia ainda cerca de 90 mil famílias acampadas pelo país, o que representa uma demanda por terra considerável para se atender. Entretanto só o acesso à terra não é suficiente para garantir a qualidade de vida e as condições de trabalho e produção do trabalhador do campo, visto que em muitos assentamentos não há energia elétrica e o saneamento básico não é tão satisfatório, por exemplo.
Os participantes de MST acreditam que a ocupação das terras é uma ferramenta fundamental e legítima dos trabalhadores rurais na luta pela democratização da terra, sendo um movimento orgânico de nível nacional. Seus objetivos são definidos como: a luta pela terra, a luta pela reforma agrária e um novo modelo agrícola e a luta por transformações na estrutura da sociedade brasileira, além de um projeto de desenvolvimento nacional com justiça social.
Suas palavras de ordem eram: “ocupar, resistir, produzir” num primeiro momento em 1990. Em 1995, no 3° Congresso Nacional, em Brasília, quando foi reafirmado que a luta no campo pela reforma agrária era fundamental, mas para ser efetiva teria de ser disputada na cidade, a palavra de ordem foi: “Reforma Agrária, uma luta de todos” . Em 2000, no 4° Congresso Nacional, também realizado em Brasília, a nova palavra de ordem foi: “Por um Brasil sem latifúndio”.
Atuam em 3 frentes: o braço armado, o que incentiva a violência no campo, além da bancada ruralista no Parlamento e a mídia como aliada. É