Movimento da reforma sanitaria
O projeto da Reforma Sanitária foi gerado na luta contra o autoritarismo e pela ampliação dos direitos sociais.
O movimento da reforma sanitária surgiu no final da década de 70 quando a Previdência entrou em crise devido a má aplicação de recursos, do privilegiamento do setor privado, do aumento de custos, saneamento precário, condições de vida insalubre, um grande quadro de desigualdade dentre outros fatores
O movimento propôs alternativas com características democráticas para um novo sistema de saúde. Dessa forma surgiram vários defensores que se reuniram durante o I Simposio Nacional de Política de Saúde que ocorreu em 1979. Nesta ocasião surgiu uma proposta de reorientação do sistema de saúde.
Esse movimento, buscava reverter a lógica da assistência à saúde, com os princípios da universalidade do direito a saúde, integralidade, hierarquização, descentralização e participação. Denunciava ainda, a forma de organização do sistema, como os gastos, privilegiamento, concentração de renda e as crises.
O movimento era composto por Técnicos do setor saúde, acadêmicos, secretários de saúde, simpatizantes da discussão de saúde, etc.
No ano de 1986, intensificou-se o Movimento Sanitário, sendo convocada a VIII Conferência Nacional de Saúde (CNS), visando discutir a nova proposta de estrutura e política de saúde para o país. Como resultado deste encontro surgiram propostas de reformulação do sistema nacional de saúde, sendo documentadas e conhecidas como projeto da Reforma Sanitária Brasileira.
Nessa conferência firmaram-se as propostas de universalização, unificação do sistema (MS-INAMPS), participação popular e integralidade das ações e atenção.
Três foram as principais estratégias utilizadas para viabilizar as intervenções propostas pela VIII CNS:
1. Criação das bases jurídicas para a sua implantação (Constituição federal, Constituições estaduais, leis orgânicas