movimento ambiental
Ao final dos anos 60 na maior parte do mundo, em especial nos Estados Unidos e o norte da Europa, surge o movimento ambientalista multifacetado e proativo, vinculado às lutas sociais e aliado à nova percepção popular de justiça ambiental. As ações coletivas, políticas e discursos ambientalistas são bastante diversificados sendo praticamente impossível considerá-los um único movimento. Assim, vale assinalar que o ambientalismo tem suas raízes nas várias manifestações realizadas em locais diferentes, aonde se chegou ao consenso de que era necessário organizar grupos destinados a tratar da questão ambiental nas suas várias dimensões. De acordo com Castells (2001), afirma que se faz necessário a distinção através de uma tipologia dos movimentos ambientais, e essa distinção é estabelecida entre ambientalismo e ecologia. O ambientalismo refere-se aos comportamentos e práticas coletivas que visam a mudança de percepção e atitudes entre a relação ser humano – ambiente natural, contrariando o paradigma social dominante. Em relação a ecologia, esta seria o ambientalismo na teoria, atendendo ao conjunto de crenças, teorias e projetos contemplando o ser humano em um ecossistema mais amplo, em uma perspectiva holística e evolucionária. Os ambientalistas têm se organizado e ganhado importância na medida em que mais e mais movimentos são reconhecidos na dimensão sociopolítica. Como forma de movimento instituído e reconhecido na dimensão política pode-se apontar as ONG’s que tem trabalhado a sensibilização da sociedade sobre a importância da conservação do meio ambiente para a sobrevivência das espécies, sobretudo da espécie humana. Embora um dos discursos do ambientalismo seja que devemos agir localmente para que seja transformada em global, a relação com a ciência e a tecnologia é bastante estreita e ambígua. Além disso, Castells (2001), também destaca a importância de se refletir no tempo glacial, ou seja, pensar como será o futuro dos nossos netos e bisnetos