moveis planejados classe C
Mas não é de hoje que crescem os gastos do brasileiro com esse tipo de produto. Nos últimos dez anos, os gastos com a aquisição de móveis aumentaram 56,8% – de R$ 26,6 bilhões para R$ 41,7 bilhões. Hoje, a classe C é responsável por quase metade (46,5%) desse consumo.
Os dados são do Instituto Data Popular e mostram que as classes A e B consumiram 33,8% deste valor e a D contribuiu com 19,7%. Em 2012, a previsão é que a fatia de consumo popular (C e D) aumente ainda mais – 11,9% e 3,7% respectivamente. Entretanto, os gastos das famílias de alta renda devem diminuir 2,1%, segundo indicam as projeções dos especialistas no assunto.
Movida pelo chamado consumo de aspiração, a classe C procura o que antes era privilégio das classes mais altas: design, personalização, funcionalidade e peças inspiradas nas principais tendências do mercado. “Esse consumidor deixa de ter móveis herdados e hoje pode organizar a decoração da própria casa”
As empresas do segmento, entretanto, devem estar prontas para atender a essa nova realidade de mercado. É preciso ter preço justo, oferecer pagamento facilitado e muito mais: as marcas acostumadas a desenvolver produtos básicos devem sofisticar seu portfólio e as empresas do segmento premium podem democratizar o acesso a sua linha de produtos.
O Grupo Unicasa, dono da linha de móveis planejados de alto padrão Dell Anno, por exemplo, fechou unidades e investiu pesado na expansão da New, marca com perfil popular. “A classe C não é mais segmento de mercado, ela é o mercado em si. O desafio para quem trabalha com móveis nos próximos anos é entender o tamanho dessas casas e trabalhar com o que cabe no bolso desse público, sem esquecer