Moura, cristina patriota. “vivendo entre muros: o sonho da aldeia”
Neste ensaio a autora tem como tema a questão dos condomínios fechados. Traz uma reflexão sobre o estudo das implicações da vida social nestes espaços que emergem nas cidades, a partir de seus moradores, visitantes e empregados. Cristina inicia o texto apontando a diferenciação de grau de “urbanidade” entre as diversas cidades, que apesar de partilharem fenômenos e bases de estruturação comuns, como o individualismo, o cosmopolitismo, e o anonimato; diferem entre si no nível em que estes fenômenos se apresentam e também internamente segundo a opção dos diversos grupos que nela vivem. A autora cita Louis Wirth para apontar isso e mostrar que o raio de influencia da cidade se alastra para tudo que está em volta dela. A autora afirma que a pesquisa em meio urbano e no contemporâneo tem trazido novos desafios, diante da pluralidade de mundos simbólicos existentes e que se sobrepõe através dos indivíduos suas escolhas e suas metamorfoses cotidianas. Aqui ela traz a noção de projeto de Gilberto Velho como a característica mais marcante das cidades. Moura discute um pouco a respeito da etnografia no meio urbano e suas nuances. Aponta principalmente que em meio as Sociedades Complexas a diversidade de experiências reflete a própria diversidade do campo no meio urbano complexo. Aponta ainda que: “[...] os antropólogos cada vez mais compartilham visões de mundo e formas de produção de conhecimento, não só com outros antropólogos em situações semelhantes, mas também com grupos pesquisados.” (MOURA, P.44). A relação entre pesquisador e pesquisado torna-se na verdade uma relação entre pesquisador e interlocutores de pesquisa. A autora apresenta sua pesquisa em meio urbano e sobre