Motivação
20/01/1866, Cantagalo (RJ)
15/08/1909, Rio de Janeiro (RJ)
Realizada em apenas 12 anos de atividade, a obra do escritor é pequena, mas densa e profunda
Euclides Rodrigues Pimenta da Cunha perdeu a mãe aos três anos, passando o restante da infância e a adolescência sob cuidados de seus tios, em diferentes cidades ou fazendas do interior do Rio de Janeiro. Quando jovem, ingressou na Escola Militar, onde recebeu formação positivista, de oposição à monarquia.
Mas Euclides passaria pouco tempo na Escola Militar. Num gesto de indisciplina e de crítica à monarquia, durante uma comemoração, jogou no chão a arma que deveria apresentar à passagem do ministro da Guerra. Ao mesmo tempo, proferiu palavras contra a passividade dos colegas. Foi preso e expulso da escola, mas seu gesto ficou, entre os republicanos, como um símbolo de idealismo e coragem.
Entre a imprensa e a engenharia
Partiu, então, para São Paulo, onde passou a escrever no jornal A Província de S. Paulo. Proclamada a República, voltou à carreira militar, fazendo o curso de artilharia na Escola Superior de Guerra e, em seguida, os de estado-maior e engenharia militar, bacharelando-se em matemática e ciências físicas e naturais. Foi, então, promovido a primeiro-tenente.
Continuou atuando na imprensa, tratando de diferentes problemas do país. Apoiador de Floriano Peixoto, recusou, contudo, qualquer prêmio ou oferta de cargos, só aceitando o que era previsto em lei.
Em 1895, abandonou a carreira militar, tornando-se engenheiro civil. Dividia seu tempo, assim, entre a superintendência de obras do Estado e colaborações para o jornal O Estado de S. Paulo.
Guerra de Canudos
Depois de escrever, em 1897, dois artigos sobre a Guerra de Canudos, foi convidado a viajar até a Bahia, como correspondente de O Estado, e de lá relatar os acontecimentos.
Suas cartas e inúmeras pesquisas que realizou posteriormente serviram-lhe para escrever, entre 1898 e 1901,