Mossoró - Cidade Junina

Mossoró, Cidade Junina

No mês de junho, as festas juninas espraiam por todo o Nordeste. São João, Santo Antônio e São Pedro, santos que foram lembrados dentro de uma tradição sertaneja de colheita.
Para alguns folcloristas, impera a teoria de que a festa junina corresponde exatamente ao período do solstício de verão europeu, que, no caso do Brasil, acontece no solstício de inverno; já para outros folcloristas, a festa junina não possui nenhuma referência com o solstício e dele independe. No bojo dessa discussão, é introduzida toda uma celeuma em torno da origem da festa: se o seu conteúdo é ou não uma reminiscência de antigos cultos pagãos ligados às cerimônias do fogo e propiciatórias para a fertilidade e a purificação da vegetação. Sendo, neste sentido, a festa de São João apenas uma adaptação feita pela Igreja Católica, com vistas a imprimir um sentido cristão a antigos cultuos pagãos. Autores como ARAÚJO, 1997, p. 18; BETTENCOURT, 1947, p. 16; BURTON apud CASCUDO, 1956, p. 153; PIMENTEL, 1905, p. 207-208, defendem a primeira teoria; e autores como LIMA, 1961, p. 17; MORAES FILHO, 1979, p. 77-78 e OLIVEIRA, 1965, p. 59, defendem a segunda. (LIMA, 2002, p. 19)

Ao som do forró, a comemoração era feita num ambiente tipicamente regional com comidas típicas do sertão nordestino (milho verde, canjica, pamonha e etc). Eram festas de cidades pequenas ou médias; em seus bairros. Nas duas últimas décadas, contudo, as festas juninas têm se transformado, cada vez mais, em grandes espetáculos, promovidos pelo poder público destas cidades, em parceria, ou não, com a iniciativa privada. Assim, foram se caracterizando as festas juninas em cidades como Caruaru e Campina Grande:

(...) a instituição da festa de São João em Campina Grande como um espetáculo turístico é uma invenção recente; ela remonta ao fim da década de 70 e atinge notoriedade ao longo da década de 80, principalmente, quando é inaugurado o espaço por excelência para abrigar a festa: o Parque do