morte e vida severina
Morte e Vida Severina, o texto mais popular de Joao Cabral de Melo Neto, um auto de natal do folclore pernambucano e, tambem, da tradio ibrica. Foi escrito entre 1954-55.
Naquela ocasio, Maria Clara Machado, que dirigia o teatro Tablado, no Rio, pedira que Joo Cabral escrevesse algo sobre retirantes. O poeta escreveu, ento, um grupo de poemas dramticos, para "serem lidos em voz alta" e os dedicou a Rubem Braga e Fernando Sabino, "que tiveram a idia deste repertrio".
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Morte Vida Severina tem como subttulo Auto de Natal pernambucano e tem inspirao nos autos pastoris medievais ibricos, alm de espelhar-se na cultura popular nordestina. por esse motivo que, no poema, Joo Cabral usa preferencialmente o verso heptassilbico, a chamada "medida velha", ou redondilho maior, verso sonoroso e facilmente obtido.
Morte e Vida Severina estruralmente est dividida em 18 partes; no entanto, outra diviso muito ntida pode ser feita quanto temtica: da parte 1 a 9, compreende-se o priplo de Severino at o Recife, seguindo sempre o rio Capibaribe, ou o "fio da vida" que ele se dispe a seguir, mesmo quando o rio lhe falta e dele s encontra a leve marca no cho crestado pelo sol. Da parte 10 a 18, o retirante est no Recife ou em seus arredores e sofridamente sabe que para ele no h nenhuma sada, a no ser aquela que presenciou no percurso: a morte.
Sua linha narrativa segue dois movimentos que aparecem no ttulo: "morte" e "vida". No primeiro, temos o trajeto de Severino, personagem-protagonista, para Recife, em face da opresso econmico-social, Severino tem a fora coletiva de uma personagem tpica: representa o retirante nordestino. No segundo movimento, o da "vida", o autor no coloca a euforia da ressurreio da vida dos autos tradicionais, ao contrrio, o otimismo que a ocorre de confiana no homem, em sua capacidade de resolver osproblemas sociais.
O auto de natal Morte e Vida Severina possui estrutura dramtica: uma pea de