Morte celular
ÁREAS DE SEMIOLOGIA E PATOLOGIA
LESÃO E MORTE CELULAR
As células e os tecidos estão organizados e capacitados a desempenhar funções necessárias à manutenção da vida do indivíduo. Dependendo do estímulo pode ocorrer a adaptação necessária, como nas células musculares do halterofilista ou na hiperqueratose das mãos do lavrador. Como exemplo de adaptações fisiológicas temos a mobilização de cálcio da matriz óssea apelos osteoclastos sob a ação do paratormônio. O mesmo paratormônio, se em excesso, pode causar a chamada lesão de células gigantes na mandíbula ou maxila, que é caracterizada pela presença de áreas de reabsorção óssea (radiolúcidas). Entretanto não há mobilização de Ca++ dos dentes. Se o estímulo for excessivo ou tóxico para a célula, lesões irreversíveis levam a morte celular. O limite entre estímulo fisiológico e lesivo não é exato.
Radiação UV pode causar estímulo para produção de melanina, formação de bolha, descamação da pele ou câncer.
O termo degeneração (alteração sub-letal) refere-se a alterações celulares que não matam a célula, deixando-as com as funções diminuídas. Estas alterações podem ser reversíveis ou evoluir para a morte celular. Pode ocorrer ou não acúmulo de substâncias no citoplasma.
Uma causa comum de degeneração celular é a anóxia.
A célula tem quatro sistemas interdependentes que quando alterados podem levar a morte celular:
1- membranas - que mantém a homeostasia iônica e osmótica da célula e das organelas.
2- respiração aeróbica - fosforilação oxidativa com produção de ATP (mitocôndrias).
3- síntese de proteínas e manutenção do citoesqueleto.
4- DNA.
As alterações moleculares levam posteriormente às alterações morfológicas, que são observadas quando a lesão já é bastante acentuada. Assim, as células cardíacas, que sofrem lesão irreversível em 20-60 min. após a isquemia, apresentarão alterações microscópicas de morte celular somente após 12 horas.
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