Morfologia e Fisiologia Bacteriana
Introdução
O estudo da morfologia e fisiologia bacteriana é importante por auxiliar a identificação e o tratamento a ser dado a esses microorganismos, seja para serem eliminados (bactérias patogênicas) ou, seja para serem preservados (bactérias indígenas).
1. Morfologia bacteriana
1.1. Tamanho, forma e arranjo.
As bactérias têm, em geral, um tamanho médio em torno de um mícron, algumas delas podem ser um pouco maiores e outras um pouco menores. Podem assumir basicamente três formas: cocos, bacilos e curvos ou espiralados. Estas diferentes formas bacterianas, por sua vez, podem se associar em arranjos. É o que ocorre, por exemplo, na apresentação de células isoladas, em pares, em cadeia, tétrades ou paliçada. As formas e arranjos são características de cada gênero ou espécie e este conhecimento auxilia na identificação dos grupos bacterianos.
1.2. Estrutura celular
As bactérias, como procariontes, não possuem organelas citoplasmáticas. Seu material nuclear (cromossoma bacteriano) é constituído geralmente por um filamento duplo de DNA circular e está mergulhado diretamente no citoplasma. Possuem ribossomos livres menores que os dos eucariotes, além de plasmídios (DNA extracromossômico circular) em seu citoplasma. Podem apresentar vacúolos e messossomos. Os vacúolos servem geralmente ao armazenamento de reservas de interesse para a bactéria (fontes energéticas, enzimas).
Como envoltório, encontra-se, mais internamente, a membrana plasmática, semelhante estruturalmente e funcionalmente à encontrada nos eucariotes, mas sem esteróides (exceto micoplasmas) e com ácidos graxos ramificados nos fosfolipídios.
Em seguida está a parede celular, presente em quase todas as bactérias, a qual lhes confere forma (bacilos, cocos, espirilos) e rigidez. Existem dois tipos de paredes celulares revelados pela coloração de Gram e que divide as bactérias em dois grandes grupos: Gram positivo e Gram negativo. As bactérias Gram positivo