Morfina
Forma estrutural:
Estrutura química de Morfina
Forma molecular: C17H19NO3
Nomenclatura Iupac: 7,8-didehydro-4,5-epoxy-17-methylmorphinan-3,6-diol
Nome popular: morfina
Nomes comerciais: Dimorf, MS Long ou MST continus
Identificação:
Tipos ou variações:
Muitas substâncias com grande atividade farmacológica podem ser extraídas de uma planta chamada Papaver somniferum, conhecida popularmente com o nome depapoula do oriente. Ao se fazer cortes na cápsula da papoula, quando ainda verde, obtém-se um suco leitoso, o ópio. Quando seco este suco passa a se chamar pó de ópio. Nele existem várias substâncias com grande atividade, que são chamadas de drogas opiáceas ou simplesmente opiáceos, ou seja, oriundas do ópio; podem ser opiáceos naturais quando não sofrem nenhuma modificação (morfina, codeína) ou opiáceos semi-sintéticos quando são resultantes de modificações parciais das substâncias naturais (como é o caso da heroína). A heroína (diacetilmorfina) é um derivado da morfina.
Mecanismo de ação:
Todas as drogas tipo opiáceo ou opióide têm basicamente os mesmos efeitos no sistema nervoso central: diminuem sua atividade. Todas essas drogas produzem anestesia e hipnose (aumentam o sono), daí receberam também o nome de narcóticos, que são as drogas capazes de produzir esses dois efeitos: sono e diminuição da dor. A morfina é um agonista exógeno dos receptores opióides, presentes em neurónios de algumas zonas do cérebro, medula espinhal e nos sistemas neuronais do intestino. Existem 4 tipos de receptores opióides: o receptor μ (que recebe a denominação moderna de OP3), o receptor δ (OP1), o receptor κ (OP2) e mais recentemente, foi decoberto um novo receptor, designado primeiro como receptor órfão e, mais tarde, como receptor nociceptina (OP4). A morfina actua por estimulação dos receptores opióides: é um dos agonistas exógenos preferenciais dos receptores μ, tem elevada afinidade para os receptores κ e δ, mas não se fixa aos