Morbidade e Mortalidade Neonatais Relacionados à Idade Materna Igual ou Superior a 35 anos, segundo a Paridade
(Resumo)
A literatura médica possibilita a associação entre resultados perinatais adversos e gestações consideradas tardias, em que a mãe possui idade igual ou superior a 35 anos. Estudos anteriores a esse artigo fazem comparações entre a gravidez em idade avançada e em mulheres mais jovens, estando a ocorrência de abortamentos espontâneos, induzidos e número de natimortos com maior frequência em mulheres jovens. Já entre mulheres mais velhas é perceptível maior incidência de anomalias consequentes às aberrações cromossômicas e malformações congênitas.
A literatura ainda evidencia a necessidade de um bom atendimento obstétrico e perinatal na minimização de efeitos deletérios ao feto oriundos de idade materna avançada, bem como problemas em qualquer gestação.
Pacientes e Métodos:
O autores do artigo realizaram um estudo descritivo de corte transversal, objetivando avaliar a morbidade e mortalidade neonatal em gestantes que engravidaram tardiamente. Para isso foram pesquisados todos os nascimentos constatados na Maternidade do Hospital de Clínicas (Curitiba-PR) entre 1 de maio de 1999 e 30 de abril de 2000.
Foi feita a seleção de todas as gestantes acima de 35 anos, que não esperavam gêmeos e idade gestacional acima de 22 semanas ao término da gravidez (302 gestantes). A partir de então realizou-se um estudo comparativo com mães entre 20-29 anos escolhidas ao acaso em um universo de 1170 mulheres, que deram a luz na mesma maternidade e mesmo período. Antes de serem escolhidas as grávidas foram separadas em dois grupos: o de nulíparas e o de multíparas.
Variáveis independentes foram analisadas:
Índice de Apgar: avaliado rotineiramente no 1º e 5º minuto (duas categorias – normal (maior ou igaul a 7) baixo