Moral utilitarista

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Na teoria utilitarista de Jeremy Bentham o maior objetivo da moral é maximizar a felicidade e assegurar a hegemonia do prazer sobre a dor. O prazer e a dor, segundo ele, dita o que é certo ou errado e a relação que temos com esses sentimentos é a base da vida moral (p. 48). Somos sujeitos individualistas, que procuram, acima de tudo, nossas próprias satisfações. Nossa moral é utilitarista a partir do momento que escolhemos o que é mais prático e viável, principalmente em nossas relações com e na sociedade em que vivemos. Ou seja, utilizamos nossa moral utilitária para questões sociais, uma vez que não é viável atender as necessidades de cada um. Assim, o que promover a felicidade da maioria será acatado, mesmo que a vontade de uma minoria não seja respeitada. Nesse sentido, os números fazem diferença moral.
No entanto, temos consciência dos direitos fundamentais de cada um, assim como sua dignidade e seu valor. E assim, não julgamos correto violar o direito de outra pessoa em favor do nosso prazer. Não queremos proporcionar dor ou sofrimento a outros em benefício da nossa satisfação, ou seja, a partir do momento que nos tornamos responsáveis diretos pelo sofrimento de outrem, nossa percepção de certo ou errado não depende mais do nosso prazer ou da dor causada, mas sim de como nossa consciência vai agir com determinada decisão.
O autor cita vários fatos práticos de relações envolvendo a ética. Por exemplo, os casos que se baseiam na quantificação, na tradução de valores morais para termos monetários. Não é incorreto calcular os gastos que uma pessoa ocasiona durante sua vida, é até necessário para fins de organização, planejamento, estudos ou estatísticas. O erro consiste em atribuir um valor para a vida humana, sendo que esta é incalculável. O absurdo é prever soluções que custem menos, sejam elas nos cofres públicos ou privados. Essa é uma face da moral utilitária que causa e indignação de muitos: a desvalorização, o desrespeito e a diminuição da vida e

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