Moral nos tempos atuais
Moral é o conjunto das coisas a que um indivíduo se obriga ou que proíbe a si mesmo, não para aumentar a sua felicidade ou o seu bem estar, o que não passaria de egoísmo, mas para levar em conta os interesses ou os direitos do outro, para permanecer fiel a certa ideia da humanidade e de si. A moral responde a questão: Que devo fazer? – é o conjunto dos meus deveres, ou seja, dos imperativos que reconheço como legítimos – mesmo que, como qualquer pessoa, ocasionalmente os viole. É a lei que imponho a mim mesmo, ou que deveria impor-me, independentemente do olhar do outro e de qualquer sanção ou recompensa esperada.
É necessário ter sempre presente a distinção entre o plano puramente normativo (o ideal) e o factual (real ou prático), estabelecendo dois termos para designar respectivamente cada plano: moral e moralidade.
A finalidade da ação humana é um “padrão” de moralidade. Por sua vez, moralidade é estabelecida como sendo as regras e preceitos norteadores da conduta humana que venha a ter efeitos perante a comunidade, considerando seu conjunto de interesses individuais. Então, a diferença entre moral e moralidade corresponde assim àquela indicada entre norma e fato e, como esta não pode ser negligenciada, a tendência é de a moral transformar-se em moralidade, pois há exigência da realização na essência do próprio normativo; a moralidade é a moral em ação, a moral prática e praticada.
Relativismo moral
O relativismo moral é a visão de que as afirmações morais e éticas, que variam de pessoa para pessoa, são todas igualmente válidas e que nenhuma opinião sobre o que é “certo e errado” é melhor do que qualquer outra. Não existe um padrão definitivo de moralidade, de acordo com o relativismo moral, e nenhuma declaração ou posição pode ser considerada absolutamente “certa ou errada”, “melhor ou pior”.
O relativismo moral é uma posição muito difundida no mundo moderno, embora seja aplicada de uma forma muito seletiva. Tal como acontece com