Moradores de rua de Florianópolis
Florianópolis, 2014
INTRODUÇÃO As relações de trabalho como possibilidade de aquisição material, reprodução de cultura, e aperfeiçoamento pessoal são alguns reflexos do trabalho para o indivíduo. Para Castel, o indivíduo tem sua inserção social mediante o retorno salarial que lhe é proporcionado através de seu trabalho, assim o trabalho com retorno salarial pode alocar o indivíduo em camadas sociais. Neste estudo, buscamos analisar o grupo que julgamos mais propenso à marginalização: os moradores de rua. Nosso objetivo é identificar as estratégias de sobrevivência utilizadas pelos moradores em situação de rua da cidade de Florianópolis para garantir sua subsistência. Em 2008, o governo federal brasileiro lançou uma cartilha com o intuito de auxiliar a construção de políticas públicas para pessoas em situação de rua. Para embasar a cartilha, foi realizada uma pesquisa amostral para estabelecer um perfil das pessoas em situação de rua. Em 2011, Tomas Melo, em sua dissertação de mestrado, realizou estudo semelhante em Curitiba. Ambos constatam que as pessoas em situação de rua (mais de 70%) exercem alguma atividade remunerada, em torno de 15% são pedintes, não possuem documentos pessoais e por isso, não conseguem se enquadrar em programas de proteções do Estado. Assim, nosso estudo pretende observar se as estratégias de sobrevivência das pessoas em situação de rua na Florianópolis se enquadram com o perfil estabelecido em 2008 e 2011. Nossa metodologia inicial foi buscar referências bibliográficas sobre os principais assuntos que envolvem o nosso tema. Em seguida realizamos entrevistas semiestruturada com pessoas em situação de rua, dentre eles homens e mulheres.
Para entrar em contato com essas pessoas, realizamos um levantamento pela internet dos centros que servem de casa de apoio aos moradores de rua em Florianópolis.
Por intermédio do