Moradias popular
PALAVRA-CHAVE: Habitação; Área de Risco; Programas Habitacionais; Serviço Social
A POLITICA HABITACIONAL COMO INSTRUMENTO DE COMBATE A OCUPAÇÃO DE ÁREAS DE RISCO
A evolução dos programas habitacionais no Brasil
As políticas habitacionais no Brasil dividem-se em vários momentos da nossa história, e foram marcadas por governos que enfrentaram o problema politicamente beneficiando setores como o imobiliário privado, construtoras e classe com renda média e alta aumentando ainda mais a crise social, deixando aos segmentos menos favorecidos da população o ônus de buscar soluções para moradia.
No governo Getúlio Vargas (1930-1945), com início da industrialização, o crescimento desordenado das cidades, o aumento de fábricas e construções pouco eficazes para abrigar trabalhadores e suas famílias à questão urbana começa a ser enfrentada.
No primeiro governo Vargas foram criados os Institutos de aposentadorias e Pensão (IAPS) e a Fundação Casa Popular, considerados os primeiros órgãos federais que atuaram no setor habitacional.
Apesar de ser o início de uma política habitacional o governo interrompeu esse processo devido a interesses econômicos, integrantes do próprio governo e dos trabalhadores segurados dos IAPS.
A partir de 1964 com o golpe militar, o governo toma medidas clientelistas e políticas para acalmar as massas; implantação de programas de captação de recursos, com incentivo à poupança e a criação do FGTS (fundo de garantia por tempo de serviço) arrecadando depósitos mensais dos trabalhadores, tendo como objetivo financiar a construção de habitações para todos os níveis de renda.
O marco histórico nessa época foi à criação do Banco Nacional de Habitação (BNH), e do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).
O BNH foi um importante órgão do SFH, sendo gestor de recursos do FGTS e do sistema brasileiro de poupança e empréstimos (SBPE).
Atuou de 1964 a 1986, construindo aproximadamente 4,3 milhões de unidades habitacionais e foi considerado o