Monteiro lobato e o homem do campo: jeca tatu e zé brasil
LOBATO, José Bento Monteiro. Idéias de Jeca Tatu. 7 ed. São Paulo: Brasiliense, 1956.
LOBATO, José Bento Monteiro. Zé Brasil. Editorial Vitória, Rio de Janeiro, 1947.
MONTEIRO LOBATO
Nascido em São Paulo, mais precisamente na cidade de Taubaté, José Bento Monteiro Lobato deu seus primeiros passos em 1882. Cursou a faculdade de Direito do Largo São Francisco e manifestou suas paixões entre escrever e desenhar. Sua vida foi uma trajetória peculiar passando por fazendeiro, jornalista e até editor de revista, a qual foi adquirida com o dinheiro da fazenda que herdara de seu avô. Suas obras se embrenharam entre a infância e política, se mostrando um escritor preocupado com os problemas que assolavam o Brasil de seu tempo.
JECA TATU
Em 1924, Monteiro Lobato, lança um pequeno livro com o objetivo de ensinar as condições básicas de higiene no Brasil, cujo, sua personagem nessa obra aparece de nome Zeca Tatuzinho, em forma bem humorada, não deixa de ser um trabalho educativo, pois seu objetivo principal era divulgar um medicamento com o nome de Biotônico Fontoura. Na primeira parte, Monteiro lobato identifica e apresenta a personagem ao público. Jeca Tatu é um pobre caboclo que mora no mato. Sua casa não tem mobília nenhuma, vivia a maior parte do tempo com sua esposa, muito triste por sinal e magra. Seus filhos são pálidos e também muito tristes. O cotidiano de Jeca Tatu é ficar de cócoras, pitando seu cigarro de palha, o qual soa da forma colocada por Monteiro lobato como algo ruim, um ócio só. Jeca Tatu não tinha ânimo de fazer nada, seu cotidiano era preenchido por tarefas não muito produtivas do ponto de vista comercial e financeiro. Ia ao mato caçar, tirar palmitos, cortar cachos de brejaúva, mas não tinha ânimo para plantar um pé de couve, mesmo dispondo de terras e de um ribeirão, no qual apenas pescava uns lambaris de vez em quando. E assim ia vivendo. Jeca e sua família não dispunham de bens algum. Não tinham