Montanismo
O Montanismo foi um dos movimentos heréticos da história da Igreja Cristã, com surgimento por volta do ano 150 d.C.. Recentemente, a Comissão Permanente de Doutrina da IPB definiu este movimento da seguinte forma:
"O Montanismo foi um movimento apocalíptico cristão que surgiu no século II, liderado por Montano, um cristão da Frigia, que alegava ter recebido uma revelação direta do Espírito Santo de que ele, como representante do Espírito, lideraria a Igreja durante o último período dela aqui na terra."[2]
Montano cria na inspiração contínua e colocou-se como alguém por meio do qual o Espírito Santo falava, no mesmo nível que falara através de Paulo e dos outros apóstolos.
Na sua visão, o "mais elevado estágio da revelação"[3] havia sido atingido nele. O fim do mundo estava próximo e o Espírito o havia escolhido, juntamente com duas profetisas, Maximila e Prisca, para falar à humanidade sobre os últimos julgamentos de Deus sobre o mundo. Montano cria que era o último profeta escolhido por Deus para revelar seus eternos planos.
Tertuliano, o mais famoso adepto do Montanismo, em sua obra De Anima (Sobre a Alma), deu o seu relato sobre o movimento. Falando sobre uma das profetisas, ele disse o que segue: "Nós temos entre nós uma irmã que tem sido agraciada com muitos dons de revelação, os quais ela vivencia no Espírito, por meio de visões extáticas, na Igreja, no meio dos ritos sagrados do Dia do Senhor. Ela conversa com anjos e, às vezes, até com o Senhor. Ela vê e ouve comunicações misteriosas. Ela consegue discernir o coração de alguns homens e recebe instruções para a cura sempre que precisa. Seja lendo as Escrituras, em todos estes serviços-cantando salmos, pregando ou oferecendo orações religiosos, oportunidades são oferecidas a ela para que tenha visões".
Além das visões e conversas com anjos, uma das profecias do movimento era a de que, após a morte de uma de suas profetisas, Maximila, viria o fim, com tumultos e guerras por toda a