Monoplacophora
São uma classe de moluscos que se julgava extinta a cerca de 400 milhões de anos, até que em 1952 foram recolhidos sedimentos marinhos de grande profundidade uma espécie viva, na região do Golfo do Panamá. O nome "Monoplacophora" significa 'portador de uma placa'. Embora no período Paleozóico as espécies vivessem em águas rasas, hoje são encontradas nas profundidades dos oceanos, pois a salinidade, pressão e temperatura são mais estáveis. Não é muito comum encontrar espécies monoplacóforas, pois a menor profundidade em que elas se encontram é de aproximadamente 180 metros.
Possuem uma única concha arredondada, semelhante ao formato de uma colher, de simetria bilateral e se assemelham aos quitones (moluscos da classe Polyplacophora). A concha dessa classe de moluscos é muitas vezes fina e frágil.
Os segmentos corporais apresentam uma repetição primitiva, com órgãos similares em vários deles. Esta organização se assemelha a alguns anelídeos, sugerindo assim uma ligação evolutiva entre os filos. Quando encontrados em 1952, foi considerado achado um "elo perdido" entre os moluscos e os anelídeos.
Movimentam-se através de um pé circular. A respiração é executada por 5 ou 6 pares de guelras, existentes de cada lado do corpo. A sua cabeça é reduzida e não possui olhos nem tentáculos. Alimentam-se de lama e detritos.
"Neopilina galatheae" foi a primeira espécie a ser descoberta. Existem apenas 6 espécies vivas nos dias atuais, as demais são consideradas extintas. Foi descoberto também que a espécie existe desde o período Paleozóico. Estes moluscos têm entre 0,3 e 3,5 cm de comprimento.
São considerados um dos mais antigos seres do planeta. São a base da evolução de todas as outras classes de moluscos. A Classe possui 4 ordens: Cyrtonellida; Tyblidiida; Bellerophontida e Pelagiellida.