mononucleose
Beijo na boca é bom e todo mundo gosta. Mas os beijoqueiros de plantão precisam ficar atentos com as doenças transmitidas pela saliva. O alerta é da Dra. Nancy Bellei, professora do departamento de Infectologia da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo).
— A boca é um local repleto de bactérias, por isso um simples beijo pode resultar em diversas doenças. A mais comum é a mononucleose infecciosa, popularmente conhecida como 'doença do beijo'
Apesar de comum, nem todo indivíduo que entra em contato com o vírus Epstein-Barr vai manifestar os sintomas da doença, às vezes, ela passa despercebida. Mesmo assim, vale o cuidado
De acordo com o infectologista Dr. Ralcyon Teixeira, do Instituto de Infectologia Emílio Ribas, em São Paulo, os primeiros sinais costumam aparecer entre sete e 14 dias após o contato com a pessoa infectada.
— O início da doença é marcado por febre, indisposição e dor de garganta. Depois, surgem ínguas na região do pescoço, manchas vermelhas pelo corpo, perda de apetite e enjoo. O quadro também pode evoluir para aumento do fígado e do baço
A boa notícia é que, segundo a médica da Unifesp, o vírus Epstein-barr é como o da catapora, caxumba e rubéola, ou seja, só se pega uma vez na vida. E, como na maioria das viroses, não há medicamento específico para tratar a mononucleose. A recomendação dos especialistas é repouso, uso de analgésico, antitérmico e anti-inflamatório, hidratação e boa alimentação
Não é só a mononucleose que pode ser transmitida pelo beijo. O infectologista do Emílio Ribas lembra que gripe, resfriado, citomegalovirose, amidalite, faringite e herpes labial também podem surgir
De todas essas doenças, o herpes é mais fácil de ser identificado por causa das bolinhas de água explícitas na boca.
— Nesse caso, a orientação é manter distância dessas lesões cheias de vírus. Além disso, pessoas doentes, em geral, não devem compartilhar copos e talheres, precisam lavar as mãos com frequência e cobrir a boca