monografia
(Jorge Luís Borges)
A vida é sonho, mas todo sonho é sonho. A literatura para Borges é um sonho dirigido. A vida para Calderón é um sonho. Para você o que é sonho? Seriam os delírios? O sonho do ser? O medo do existir? O Simbolismo? Ou nossos sonhos seriam os escritos dos poetas que são fingidores, que fingem tão completamente, que chegam a fingir que é dor, a dor que deveras sentem?
O realismo fantástico de Borges é um sonho. Ele trás para nós todos os inimagináveis que pertencem aos sonhos. Os sonhos seriam os Aleph’s, em que podemos ver tudo em todos os lugares, que estão escondidos como se fossem nada. A literatura é o desejo, da relação autor e leitor, que forma uma orgia onírica.
Calderón, em sua peça a “Vida é sonho”, brinca com imaginável do reprimido. A torre de Segismundo seria o recalque, que impossibilita o contato com a consciência. Ou seria o inverso? O mundo exterior seria o inconsciente e a torre sua consciência? Que confronto platônico!
Segismundo é envolvido nesse confronto entre realidade e sonho. Do seu suposto sonho adquire informações que o faz repensar sobre o que teria acontecido. Sofreu um choque de consciência. Mas o que seria o sonho? Qual a importância dessa manifestação psíquica. No ano de 1900 foi publicado o livro “A Interpretação dos Sonhos” de Sigmund Freud, que provocou uma grande reviravolta na cultura ocidental. A teoria freudiana foi um dos alicerces para a constituição do pensamento do século XX, ao lado de Marx e Nietzsche. Freud apresentou a noção de inconsciente, conceito que nos trouxe um novo modo de entender os homens e a você próprio leitor. Freud retirou o homem do centro de sua própria consciência, assim como o sonho se constitui e de certa forma Calderón constrói o enredo de sua peça, em um sentido parecido.
O inconsciente é freudiano, apesar de anteriormente a Freud já se comentava de inconsciente, porém o conceito de inconsciente é