monografia
PROGRAMA DE ALIMENTAÇÃO DO TRABALHADOR
MATERIAL DE ESTUDO
O processo econômico surgido a partir da revolução industrial provocou mudanças no estilo de vida da população mundial, afetando tanto as práticas alimentares quanto as freqüências das atividades físicas. Os estudos sobre hábitos alimentares populacionais evidenciam o processo de transição nutricional vivenciado nas últimas décadas, caracterizado pelo consumo elevado de produtos de alto valor calórico e baixo teor nutricional (alimentos ricos em gorduras, açúcares e sódio) e pela redução do consumo de fibras, verduras, legumes e frutas.
Em paralelo aos estudos que tratam dos hábitos alimentares, estão as pesquisas acerca das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT), que se relacionam com mudanças na dieta e no estilo de vida da população, sendo atualmente a principal causa de morte em adultos.
Dentro dessa perspectiva, os locais de trabalho têm atraído interesse, como alvo de modificações de comportamento precursor de doenças, não específicas da função ocupacional e sim relacionadas à dieta, atividade física e tabagismo. A alimentação exerce um papel essencial na saúde e na produtividade dos trabalhadores. O lugar de trabalho pode ter uma influência significativa nos hábitos dietéticos dos trabalhadores, e esta influência pode ser estendida as suas famílias.
Desde a carta de Otawa, de 1986, a ação de saúde pública tem como foco básico de atenção a promoção da saúde, onde o componente da alimentação saudável é fundamental. Sabe-se que o padrão alimentar do indivíduo pode se refletir diretamente no seu estado nutricional, o qual, por sua vez, tem relação estreita com o seu quadro de saúde.
A questão da alimentação e nutrição vem sendo tratada no âmbito das políticas públicas, na maioria das vezes com caráter assistencialista, com o intuito de melhorar as condições nutricionais e de saúde da população, reduzindo riscos de carências e/ou excessos nutricionais. No ano