Monografia - O processo progressivo da santifica

1 CONCEITUAÇÃO DE SANTIFICAÇÃO

A santificação é um aspecto da ‘Soteriologia Subjetiva’. ‘Soteriologia Subjetiva’ consiste na obra do Espírito Santo no crente, ou seja, é a aplicação da redenção. Entende-se por ‘Soteriologia Objetiva’ o que Deus faz por nós em Cristo e ‘Subjetiva’ (encarnação, expiação e justificação); o que Deus faz em nós pelo Espírito Santo. Além da santificação outros aspectos fazem parte da Soteriologia Subjetiva, tais como: justificação, regeneração e conversão.
Segundo Hermisten Maia (2001, p. 211),
A doutrina da santificação tem como pressuposto uma série de atos do Espírito Santo em nossa vida, resultantes da obra vicária de Cristo; assim, quando falamos de santificação, iniciando pela eficácia da obra de Cristo, pressupomos – sem importar a ordem aqui: vocação eficaz, arrependimento, fé, regeneração, adoção, justificação e união com Cristo.

A doutrina da santificação pressupõe a imperfeição do homem; ela está relacionada com o homem pecador, consciente de seus pecados, mas que, ao mesmo tempo, descontente com a sua prática, deseja se aperfeiçoar espiritualmente. Esta insatisfação com o pecado, seguida do desejo de santificar-se, pertence ao homem que foi gerado de novo pelo Espírito que agora nele habita, abrindo-lhe os olhos do coração desejos santos de crescimento e maturidade espiritual.
Santidade é a naturalidade do homem espiritualmente ressurreto, da mesma forma como pecado é a naturalidade do homem espiritualmente morto; e, ao buscar santidade pelo fato de obedecer a Deus, o cristão na verdade segue o anseio mais profundo do seu ser renovado. (PACKER, 1991, p. 104).

O novo nascimento é o ponto fundamental para falar de santificação. “Não existe regeneração sem santificação; ou seja: a regeneração se torna real na santificação” (RYLE, 2009, p. 40). João Calvino (2006, p. 269) na exposição à carta aos Romanos diz que “a marca mais garantida pela qual os filhos de Deus devem distinguir-se dos filhos deste mundo é a regeneração