Monografia Kenya Final
Em uma época voltada às questões de cidadania, com a preocupação de evitar discriminações e se trabalhar com a conscientização das minorias (por exemplo: mulheres, negros, índios, homossexuais), as diferenças de gênero têm sido um dos temas discutidos em vários contextos, dentre eles no meio rural, e através de diversas perspectivas: social, política, econômica, psicológica, biológica, cultural.
Hoje, no mundo globalizado, as pessoas estão se voltando à problemática de gênero graças aos movimentos e lutas sociais travados no passado e vigentes no presente e aos poucos a “caricatura” da mulher submissa, que não pode estudar, trabalhar fora, que foi criada para ser dona de casa começa a se transformar, na medida em que esta entende o seu papel na sociedade, podendo cada vez mais lutar por seus direitos, quando avança na conquista de seu espaço na sociedade. Assim, a partir dos movimentos feministas, a mulher pode adquirir grande visibilidade como estudante, empresária, empreendedora ou em outros papéis sociais que vem desempenhando.
A extensão rural é um mecanismo para o conhecimento e a consciência da cidadania. Desta forma, o extensionista tem a função de conscientizar política, social e economicamente os agricultores e as agricultoras familiares quanto aos seus direitos (previdência rural, sistema de crédito, políticas do governo entre outros), apoiando-os e os orientando quanto à sua organização em cooperativas, grupos de trabalho e associações.
Extensão rural e gênero são temas que passam por mudanças na prática. O primeiro, de uma extensão rural com dominância de saberes do extensionista sobre o agricultor para uma relação de troca; o segundo, de uma dominância do homem sobre a mulher para a busca da igualdade de direitos, respeitada as diferenças entre eles.
O que se pretende nesta presente monografia é justamente articular estas duas temáticas, tomando como contexto do estudo a extensão rural brasileira e como objeto deste às questões de