monografia do jesus historico
INTRODUÇÃO:
A crítica moderna tem criado o problema do Jesus histórico, em contraste com o Jesus teológico (celestial ou metafísico). Essa atividade, quando atinge proporções radicais, faz o Jesus teológico reduzir-se a uma invenção do cristianismo, além de assegurar-nos que essa atividade foi tão radical que nos é praticamente impossível descobrir como Jesus era, realmente, com base nos documentos bíblicos que atualmente possuímos. Os chamados eruditos liberais é que têm levantado e discutido a questão do Jesus histórico, em contraste com o Jesus teológico.
O problema do Jesus histórico foi levantado, de forma gráfica, por Albert Schweitzer, em sua obra clássica, The Quest of the Historical Jesus, (A inquirição pelo Jesus Histórico). Parte dessa obra alicerçou-se sobre o trabalho de Herman Samuel Reimarus (1694-1768), mestre de idiomas orientais em Hamburgo, na Alemanha. Esse estudioso procurou distinguir o que Jesus realmente teria dito, daquilo que os apóstolos escreveram subsequentemente. De acordo com essa obra, Jesus julgava ser o Messias dos judeus; mas, apôs a sua morte, seus apóstolos transformaram-no em uma figura celestial, e o seu tencionado reino terreno foi por eles guindado à posição do reino celeste de Deus. Reimarus, segundo sabemos, era influenciado pelo deísmo inglês, e sob hipótese alguma não era um intérprete preconcebido. O deísmo supõe que as leis naturais cuidam das coisas, e que Deus é por demais transcendental para imiscuir-se na história humana em qualquer sentido direto. Por conseguinte, o elemento miraculoso, por exemplo, não é interpretado pelo deísmo como dotado de bases históricas.
As obras desses homens foram seguidas por vários livros acerca da vida de Jesus, e cujo intuito era eliminar o elemento miraculoso, atribuindo qualquer declaração mais admirável sobre Jesus aos seus apóstolos, como criações deles. Ô racionalismo, pois, estava trabalhando a pleno vapor, e os homens expressavam ali uma, fé meramente