Monografia Caren
A hipertensão arterial sistêmica (HAS) é uma condição clínica multifatorial caracterizada por níveis elevados e sustentados de pressão arterial, considerando-se valores de pressão arterial sistólica ≥ 140 mmHg e∕ou de PA diastólica ≥ 90 mmHg em medidas de consultório (SOCIEDADE BRASILEIRA DE CARDIOLOGIA, SOCIEDADE BRASILEIRA DE HIPERTENSÃO, SOCIEDADE BRASILEIRA DE NEFROLOGIA, 2010). A HAS é um fator de risco importante e independente para doença cardiovascular, acidente vascular cerebral (AVC) e doença renal (SALGADO; CARVALHAES, 2003). Os principais aspectos preventivos enfatizados quanto à ocorrência de doenças cardiovasculares e renais incluem as mudanças de hábitos higieno-dietéticos, controle dos níveis de pressão arterial, implementação de programas de condicionamento físico, redução nas jornadas de trabalho e mais momentos de lazer (MATTOS, 1997). Uma pesquisa recentemente realizada demonstra que a proporção de brasileiros diagnosticados com hipertensão arterial aumentou nos últimos cinco anos, passando de 21,6%, em 2006, para 23,3%, em 2010 sendo o diagnóstico de hipertensão maior em mulheres, com percentual de 25,5% do que em homens, cujos valores percentuais apresentam-se em torno de 20,7% (BRASIL, 2010). A prevalência mundial estimada é da ordem de 1 bilhão de indivíduos hipertensos, sendo que aproximadamente 7,1 milhões de óbitos por ano podem ser atribuídos à hipertensão arterial (CORRÊA et al. 2006). A adesão ao tratamento, medicamentoso ou não, é fundamental para o sucesso da terapia instituída pela equipe de saúde (Oliveira et al., 2008). Em casos nos quais a hipertensão arterial não é controlada com medicamentos isolados, há a necessidade de se associar outros fármacos. A utilização de associações fixas de anti-hipertensivos em baixas doses apresenta os benefícios de uma maior probabilidade de controle efetivo da pressão arterial e, se apropriadamente associados, haverá uma potencialização de efeitos (Nobre et al., 2003).