Monogamia
Na reprodução de animais sexuados podemos encontrar diversos sistemas de acasalamento. Estes sistemas de acasalamento são bastante diversificados entre espécies e até mesmo dentro da mesmo éspecie podemos encontrar uma grande divergência de população para população. Comumente os sistemas de acasalamento são classificados como monogámicos ou poligámicos. A monogamia é uma associação prolongada e essencialmente exclusiva entre um macho e uma fêmea, esta pode ser perene, quando um indivíduo tem apenas um perceiro durante toda a sua vida, ou serial, quando um indivíduo tem apenas um parceiro durante um espaço de tempo, mas mais que um durante a sua vida. A poligamia pode ocorrer de três formas clássicas: poliginia (quando um macho acasala com mais do que uma fêmea), poliandria (quando uma fêmea acasala com mais do que um macho), poliginandria (quando o macho e a fêmea acasalam com mais de um parceiro) KLUG 2011.
Desde de muito cedo que os cientistas demonstram interesse pelo comportamento monogâmico observado em diversas espécies animais, possivelmente porque este refletia o comportamento ideal das sociedades humanas industrializadas ocidentais da época vitoreana. Porém a monogamia perene é raramente observada nos animais e humanos, estes, na sua grande maioria, aprensentam monogamia sazonal de longo termo (i.e. acasalamento exclusivo com um parceiro até que deixe de ser possível, pela morte ou perda) ou curto termo (i.e. troca de parceiro activa, acasalamento com novos indíviduos enquanto o antigo ainda está vivo) LIVRO.
Os praire voles, Microtus ochrogaster (Wagner, 1842), e os meadow voles, Microtus pennsylvanicus (Ord, 1815) são duas espécies de roedores bastante similares no seu fenótipo físico, porém com grande divergência nos seus sistemas de acasalamento, os praire voles são animais monogâmicos perenes enquanto os meadow voles demonstram um comportamento reprodutivo poligâmico. Estas diferenças de sistemas de acasalamento em animais