Monitoria em Terapia Ocupacional
Neste percurso de um ano em que assumi o papel de Monitora da disciplina de Recursos Terapêuticos e Análise de Atividades, juntamente com o olhar amadurecido que a caminhada da própria graduação proporcionou, o modo como me coloquei neste lugar alterou-se aos poucos. O próprio estudo de teóricos como Foucault e seus pressupostos sobre as relações de poder tornou outra a minha postura e o meu olhar sobre os alunos e suas produções, levando em conta que cada qual tem seu processo de amadurecimento nas análises, nos olhares, não me cabendo neste espaço da Monitoria transmitir julgamentos de certo e errado, mas propiciar espaço de trocas, aprendendo uns com os outros, com as vivências singulares.
No que se refere às atividades desenvolvidas pelos alunos, estas consistiam em análises das atividades feitas em sala, e dentre elas as construções de argila, biscuit, com jornais e revistas, sucata, todas carregadas de uma singularidade e vivências afetivas que por vezes foram expressas na Análises resultantes desses processos de construção. Aliás, o estímulo ao aprofundamento das análises e a nelas se expressar as vivências afetivas, sentimentos despertados durante o fazer, foram pontuados pela monitora desde o início da Monitoria.
Como fim, as análises eram enviadas por email e postadas em um blog criado especialmente para isso, sendo que, antes das postagens a monitora lia as análises e, se fosse o caso, endereçava emails-resposta aos alunos, estimulando-os a aprofundá-las ou a completarem os tópicos que haviam deixado em branco, expondo possíveis sugestões e outros olhares/novas perspectivas nos casos desenvolvidos nas Análises. Elogios também foram trocados, bem como auxílio nas dificuldades em se fazer a análise, fato este que ocorria principalmente no início do período letivo e com alunos com perfil diferenciado que por motivos variados –